A força das mídias sociais ou a força de quem as manipula?

foto: ronaud.com
A movimentação nas mídias sociais para os protestos nas ruas não começaram aqui no Brasil. Outros fatos importantes ocorridos pelo mundo também foram resultado de expressões vindas das redes.

Dois exemplos disto são as manifestações no Oriente Médio e Arábia onde as primeiras mobilizações populares de impacto foram articuladas por mídias sociais que tiveram como resultado a queda do presidente egípcio Hosni Mubarak e do regime de Muamar Kadafi, na Líbia, que já durava 50 anos. E, as primeiras informações sobre ataques terroristas em Mumbai, na Índia, e sobre o golpe de estado em Madagascar, foram reveladas por meio de ferramentas das mídias sociais.

No Brasil as manifestações ocorridas nos últimos meses tiveram início no Facebook, Twitter e blogs na internet. O que há algum tempo eram somente reclamações, gerou um impacto forte nas pessoas a ponto de levá-las às ruas. O que antes apenas eram recordações das eras “hippie” e “fora color” tornaram-se realidade. Em plena era da tecnologia onde tudo se resolve virtualmente,  o que trouxe mudança foi novamente o grito do povo nas ruas.

Acredita-se que o gigante acordou, conseguiu seus 0,20 centavos de volta e logo adormeceu novamente, talvez para nunca mais voltar, para alguns nunca acordou. Porém alguns estudiosos acreditam que este gigante não dorme, e a qualquer momento pode ressurgir.

Segundo o  sociólogo italiano e pós-doutor pela Universidade Sorbonne – Paris V, Massimo Di Felice aponta que o grande escudo dos jovens brasileiros que protestam está no anonimato.

“ O movimento não tem uma identidade e não poderá ser rotulado ou vencido. A grande arma do movimento é não ter identidade. O que o torna absolutamente livre, plural, heterogêneo e capaz de, a qualquer momento, ressurgir e enfrentar novas formas de contraposições.”

Enquanto isto o governo aproveitando o ensejo, criou uma rede social “organizada” como canal de voz entre o povo e o governo, a rede Participatório (Participativo Observatório), onde os jovens podem manifestar suas opiniões e reclamações fazendo com que isso através desta rede chegue até os ouvidos do governo e presidenta, hoje Dilma Rosseuf. 

Um site também foi criado na internet voluntariamente, por agencias parceiras, para monitorar as opiniões a respeito dos temas levados às ruas nos últimos meses. O Causa Brasil monitora através de citações e hashtags tudo o que as pessoas dizem sobre estes assuntos e mede os temas mais reivindicados nas redes como Facebook e Twitter.

As ruas foram tomadas por algum tempo por aqueles que têm seu tempo todos os dias dedicado às mídias sociais. Quem sabe estes papéis se invertem e as vozes tornam-se braços e pernas movidos rumo àqueles que tanto precisam de atos e não somente palavras.

Em poucos dias vimos que o Brasil tem força, e o que ele poderia fazer, em tão pouco tempo se tiver força para vencer o que o sufoca.

#acordaBrasil

Fontes: Fapcom e R7


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